Você já se perguntou, até quando vou precisar me conhecer? Qual o limite? Quando devo parar?
Parece ser senso comum, que o objetivo da vida é o autoconhecimento, e que a própria humanidade, cada vez mais, que saber sua origem e para onde estamos indo.
Tanto como sociedade, mas também como humanidade.
O autoconhecimento é uma espécie de régua que mede o nosso próprio limite, mas também os limites da humanidade em geral.
Dependendo do nível de conhecimento que temos sobre nós mesmos, as coisas podem ou não ganhar dimensões exageradas ou rupturas.
Como por exemplo o limite e a tolerância que cada pessoa tem a dor. Como isso afeta seus relacionamentos, seus desejos e suas vontades?
Uma pessoa que está constantemente lidando com a dor, tende a ser menos tolerante a uma indecisão, ou a um ritmo natural, pois a dor cria um estado de alerta.
Mas como você está lidando com a sua dor? Você seria capaz de entrar dentro dela e agradecer por ela existir?
Muitas pessoas dizem que essa seria a chave da transformação, mas como isso parece para você?
Vivemos evitando passar por dores, sofrimentos e fomos nos tornando repulsivos a esses sentimentos. Dificilmente somos capazes de olhar para um sentimento como esses “negativos” e pensar. Obrigado por você existir. Mas afinal obrigado por que?
No livro Conversations With God – Neale Donald Walsh – (resumo) propõe um diálogo aberto com o Criador sobre muitas questões filosóficas sobre a existência da dor, do mal e da violência. Como Deus sendo um ser puramente bom, responsável por toda a criação, permitiria algo assim? Isso me leva a pensar sobre o motivo da publicação de hoje.
O contraste que muitas vezes é necessário existir para que possamos valorizar aquilo que realmente é bom e tem importância para nós.
Se desconhecemos a dor, a fome, o ódio e a injustiça, como poderemos reconhecer a paz, a alegria o amor e a felicidade? O que de fato precisamos nos atentar é que não precisamos sentir a dor para ter gratidão por não ter dor, mas sim reconhecer sua existência, agradecer com sinceridade a cada dia que acordamos em paz. Exercitando nossa empatia, podemos não somente, reconhecer todas as benções em nossa própria vida, mas também ajudar a pessoa que está passando por um momento desafiador, a superá-lo.
Esteja ela em qual momento for, reconhecer, e agradecer com o coração por cada lição, cada sentimento que temos, pois a única certeza da vida, é que nunca vamos nos conhecer completamente. Sempre podemos nos surpreender com a nossa reação diante da dor e do sofrimento. Tanto o nosso como o do outro.
Por isso, manter uma atitude de gratidão, nos faz expandir tanto nessa jornada de se conhecer.
Só o autoconhecimento pode te libertar das armadilhas que a nossa mente cria para nos prender nos ciclos de reclamação, vitimismo e sofrimento.
Por pior que possa estar as coisas hoje, nada é permanente.
Fernando Mira